AMIGO ANTÓNIO
O teu “nino” está zangado contigo. Sim é verdade, estou mesmo chateado contigo “velhote”. Partiste, nem água vai nem água vem. Achas bem o que fizeste?
Os jornais vão ficar por entregar. Os dias vão passar, ninguém mais vai saber o tempo que vamos ter “professor”.
E a ginjinha pela manhã? Diz lá agora a verdade! Sabia que nem nozes, como tu me dizias em segredo para ninguém ouvir. Deixa lá, fica tranquilo, que eu não conto a ninguém.
O único segredo que eu quero contar a toda a gente, é que tu eras um “tipo especial”, um amigo do amigo.
Por isso companheiro, amigo, professor, estás bem presente entre nós.
Os jornais vão continuar a rolar nas impressoras, os ardinas vão continuar a distribuí-los e tu amigo vais também ter o teu lugar entre eles.
Desculpa “velhote” não te posso perdoar. Partiste e nem um copito pagaste. Eu sei que não foi por mal mas sim porque já não podias com uma gata pelo rabo. Afinal eras tão forte, tão, tão, tão…
Desculpa, querido amigo, estas palavras em tom de brincadeira mas eu sei que tu gostavas que eu brincasse contigo.
Por isso e onde estiveres a esta hora, escuta! O meu coração está triste porque hoje perdeu um amigo.
Até Sempre António.