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Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008

AMOREIRA, família de moleiros.

 

 

Uma família de moleiros setecentista

 

 “Damos hoje notícia de uma família de agricultores e moleiros da Amoreira:

a família de Manoel de Christo, falecido a quinze de Setembro de 1770 e

com inventário de partilhas iniciado a 26 de Dezembro do mesmo ano, por

ordem do juiz do órfãos, o doutor Joaquim de Barros de Almeida.

À data do falecimento, a família viveria em “humas cazas que constam de

hum sobrado e huma logea com seu lagar e seu posso” pela qual pagavam

“Foro com apenco de hum frango a Mezericordia de Peniche”. Dos

bens de raiz, avaliados em 732 mil reis, fazem ainda parte “Duas cazas

terreas com seu quintal aonde chamam o Outam em o lemite do lugar da

Amoreyra”, “humas cazas terreas que constam de duas cazas com seu

repartimento e seu bocadinho de quintal” e “huma morada de cazas que

consta de trez sobrados e sinco logias com sua Estrebarya e palheiro com

seu quintal que parte da banda do Norte com Rua”.

A família explora, com a ajuda de “dous creados da casa”, Margarida e

Pedro (a quem, à data da morte são devidas várias soldadas), dez talhos

de terra, situados na Amoreira, Dagorda e Sobral da Alagoa, “hum arneiro

no Cítio da Brigieyra”, duas “vargeas”, hum pomar e quatro vinhas. A par

desta actividade agrícola, de que destacamos a produção vitivinícola armazenada

em “sette Dornas de Choupo”, Manoel de Christo explora ainda

“Hum Moynho de vento onde chamam a Serra”.

Dos bens móveis, avaliados em cento e sete mil seiscentos e quarenta

reis, constam várias peças de mobiliário (“Hum bofete de pao de fora”,

“Huma Meza Redonda de pao de serjeira”) e oito painéis dos quais destacamos

“Hum paynel de Sancto António em bom uso”, “Hum paynel de

Nossa Senhora da Piedade”, “Hum paynel de Nossa Senhora Madre de

Deos”, “Hum paynel do Senhor Jezus” e “Hum paynel da família Sagrada”.

Avaliados os bens a partilha é feita entre a viúva Thereza de Andrade (que

virá a falecer em 1776) e os filhos do casal:

- Manoel de Christo, de mayor idade;

- Barbara Maria, casada em segundas núpcias com Francisco Luiz Moreyra

(enviuvara, em 1756, de Francisco Henriques de quem teve um

filho baptizado com o nome de Francisco e nascido após a morte do

pai.) e falecida em 1774;

- Thereza Roza de Andrade;

- Joze de Andrade, nascido a um de Abril de 1746 e baptizado a vinte quatro

do mesmo mês pelo pároco Laurentino António Teixeira, tendo sido

padrinhos Gregório Ferreira e a filha, Donna Catherina Bernarda de Essa

da quinta do furadouro;

- Luíza Barbara Thereza Roza, de mayor idade (à data da morte da mãe,

está já casada com Joze Ferreira);

- Thareza Roza de Andrade, de mayor idade;

- Joanna Roza, de idade de vinte e três annos ( casada, no decurso do

processo de partilhas, com Luis Moreyra e a residir na Villa de Peniche);

- Jozé de Andrade de vinte e hum annos.

Feitos os quinhões, a viúva herda a maior parte das propriedades agrícolas,

o lagar e as casas anexas (hum sobrado e huma logea com seu lagar e seu

posso), enquanto o filho mais velho, Manoel de Christo, dá continuidade à

actividade de moleiro herdando o moinho de vento da Serra, provavelmente

construído em madeira, localizado na Serra da Amoreira, eventualmente no

local onde hoje podemos ainda ver dois moinhos de vento.”

 

 ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL

 

sinto-me: interveniente
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publicado por Luis Pereira às 20:25
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