
Foi notícia nos média: a diocese de Lisboa perdeu nos últimos sete anos à volta de cem mil fiéis praticantes.
O próprio cardeal-patriarca reconheceu que há muita negatividade nas celebrações e na Igreja: inadaptação aos novos tempos; deficiências na formação dos padres; má proclamação da Palavra de Deus; má qualidade e falta de mensagem religiosa dos cânticos; homilias inadequadas e deficientes.
Os jovens queixam-se de que as celebrações são um seca e, frequentemente, têm razão. Onde estão a possibilidade de participação e de diálogo e homilias iluminantes da vida e dos seus problemas e a festa?
Por outro lado, há a invasão do materialismo e do consumismo hedonista. Ora, numa sociedade que procura fundamentalmente o bem-estar material, Deus tem cada vez menos lugar. Mesmo que haja - e há - procura de espiritualidade, já não é necessariamente através da mediação da Igreja. Aliás, há uma imensa crise de fé, que atinge o próprio clero, e sinais de que o cristianismo se pode tornar minoritário na Europa.
Mas é necessário também prevenir para equívocos e falsas idealizações. Assim, como mostrou J. Delumeau, não se pense, por exemplo, que a Idade Média foi sempre modelo de vida cristã. Apesar de tudo, talvez a Igreja hoje seja mais autêntica do que em todas as outras épocas, com excepção dos primeiros tempos do cristianismo. Não se pode esquecer que o mais importante é a prática cristã na vida: praticar a justiça, amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo. A outra prática - a frequência da missa -- deveria vir na sequência da primeira.
De qualquer forma, embora, segundo estudo recente, mais de dois terços dos portugueses apresentem o ser católico como factor de identidade nacional, há uma crescente desafeição em relação à Igreja institucional. De facto, ela não acompanha os tempos e é vista como retrógrada: veja-se, por exemplo, a moral sexual e a relação entre fé e ciência.
Ainda recentemente dizia Eduardo Lourenço: "Lamento que o catolicismo se refugie em coisas arcaizantes que têm efeitos éticos e sociais deploráveis. Não sei se está condenado a morrer, mas está condenado a transformar-se."
Quando se pensa nas transformações do mundo moderno, percebe-se quanto será necessário, sem perder o núcleo da sua mensagem, a Igreja mudar. Dificilmente serão aceitáveis estruturas piramidais, sem participação activa, democrática. As mulheres andam magoadas com a Igreja e vão, legitimamente, exigir tratamento de igualdade. A Igreja não pode pregar os direitos humanos para fora, não os praticando dentro dela. Um dogmatismo rígido e inflexível, sem uma sadia opinião pública, não lhe é de modo nenhum favorável.
Depois, há vícios que é preciso combater, como proclama, do alto dos seus 81 anos, o cardeal Carlo Martini, considerado papabilis durante anos. Para ele, "o vício clerical por excelência" é a inveja. Há muitas pessoas dentro da Igreja "consumidas" pela inveja, perguntando: "Que mal cometi eu para nomearem fulano como bispo e não a mim?"
Para Martini, há outros pecados capitais fortemente presentes na Igreja: a vaidade e a calúnia. "Que grande é a vaidade na Igreja! Vê-se nos hábitos. Antes, os cardeais exibiam capas de seis metros de cauda de seda. A Igreja reveste-se continuamente de ornamentos inúteis. Tem essa tendência para a ostentação, o alarde."
E "o terrível carreirismo" clerical, especialmente na Cúria Romana, "onde todos querem ser mais"? Por isso, "certas coisas não se dizem, já que se sabe que bloqueiam a carreira". Isso é "péssimo para a Igreja". A verdade brilha pela ausência, pois "procura-se dizer o que agrada ao superior e age-se como cada um imagina que o superior gostaria, prestando deste modo um fraco serviço ao Papa".
Autênticas comunidades cristãs têm de assentar em três pilares: fé viva e capaz de dar razões, prática do amor e da justiça, celebrações belas a fortalecer a vida e a fé e a dar horizonte de sentido último à existência.
A Igreja só pode ter futuro, cumprindo o núcleo da sua missão: manter a pergunta acesa e activa a compaixão. |
Anselmo Borges
Padre e professor de Filosofia
DN
De
PLEIADIAN a 3 de Setembro de 2008 às 22:48
Jmannuel O maior Homem na história, JESUS CRISTO como é conhecido, não teve nenhum empregado, no entanto chamaram-no Soberano. Não teve nenhum diploma, no entanto chamaram-no professor. Não tinha nenhum medicamento, no entanto chamaram-no Doutor.
Nãoteve nenhum exército, no entanto os reis temeram-no. Não cometeu nenhum crime, no entanto o crucificaram e em seguida o depositaram num túmulo, mais propriamente uma pequena caverna. Ao terceiro dia foi levado em braços por Farizeus, e veio a falecer na India aos 65 anos.
Não ganhou nenhuma batalha militar, no entanto conquistou o mundo com o seu discurso, mas ninguêm entendeu nada, só os Romanos viram nesse acontecimento e na personagem de jmannuel um potencial enorme, podendo com isso influênciar povos, e manipular culturas.
Quero dizer com isso, que Jmmanuel "Jesus" não foi entendido, no censo da criação, e das suas leis.
Os Romanos apoderam-se da imagem de Jmmanuel " Jesus" e criaram a Igreja Católica e Apostólica Romana.
É interessante essa de Romana.(...)
Se criaram Templos, isto é! Igrejas, Mosteiros, Capelas, enfim uma panóplia de igrejas com diferentes biblias, que floram neste planeta. Tudo começou com a primeira Igreja em Constantinópolis, hoje em território Turco, esta cidade seria para os Romanos uma cópia de Roma, mandada construir por César Constantino.
A partir desse momento da história, o mundo nunca mais foi igual.
Se ignorar, lembre-se exatamente o que Jesus disse: ou dizem que disse "Se me negar na frente dos homens,negá-lo-ei na frente do meu criador que vive noutra dimensão".
No entanto vive até hoje, nas mentes dos Humanos Terrestres, Jmannuel, filho de Maria, descendente dos antigos Lirianos, que povoaram aquela zona no Medio Oriente
15/04/2005
Domingos Costa
AUTOR
Comentar post