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Domingo, 29 de Junho de 2008

E VIVA ESPANHA

 

 

Uma lufada de ar fresco. Quatro anos depois da consagração de uma Grécia sombria e avarenta, a vitória da Espanha no encerramento de um excelente Euro-2008 é uma boa notícia para os apreciadores do bom futebol. O golo de Torres no triunfo sobre a Alemanha (1-0) deu legitimidade histórica a uma equipa com uma identidade própria, um conceito de jogo claro e muita personalidade. É a obra-prima de um treinador, Luis Aragonés, que quase com 70 anos sobe o último degrau, levando até ao fim as suas convicções e a sua teimosia. É, também, a consagração de um grupo de jogadores que tem como plataforma de base um notável trabalho nas selecções jovens, algo de que o futebol português também se podia orgulhar até há poucos anos.
 
2008 marca o ano em que a Espanha conseguiu colocar entre parêntesis as rivalidades históricas, as guerras permanentes entre Madrid e Barcelona, e unir-se em torno de um projecto comum, assente na qualidade técnica e na posse de bola. Diante de uma Alemanha fiel às suas características (mais forte, mais rápida, mais dura) a final do Ernste Happel permitiu confirmar que o cérebro é o ingrediente mais importante para se jogar futebol. A Espanha foi a equipa mais equilibrada ao longo do Euro, e nesta final provou ser também a mais inteligente.
 
O início trouxe uma Alemanha determinada, perante um adversário que, talvez surpreendido, talvez acusando a pressão do momento, permitiu ao seu adversário ter bola e agressividade em permanência nos primeiros 15 minutos. Só com Torres na frente, a Espanha apostava tudo no futebol tricotado e paciente de Xavi, Iniesta e Fabregas para destapar a panela de pressão e encontrar a saída para o sufoco inicial.
 
Com Senna a acertar na marcação a Ballack e Sergio Ramos a recuperar de um início desastroso para, com a ajuda de Silva, travar enfim a dupla Lahm-Podolski, a Espanha acordou a tempo. Iniesta, muito activo na esquerda, foi o primeiro a tocar o sino, logo seguido pelo talento inteligente e prático de Xavi. A dupla do Barcelona tinha um aliado de peso na supermotivação de Fernando Torres, que desde os primeiros minutos colocou em respeito a dupla Mertesacker e Metzelder, não desistindo de um único lance.
 
Já depois de uma cabeça ao poste, após cruzamento de Sergio Ramos, «El Niño» chamou a si a glória, depois de mais um passe sublime de Xavi e de um duelo ganho a Lahm nos limites da legalidade. Aos 33 minutos, a vantagem da Espanha já era amplamente merecida. A Alemanha tinha sumido de campo, a partir do momento em que a agressividade nos duelos já não lhe permitia estancar aquele futebol fluido de toque e movimento.
 
A segunda parte trouxe mais do mesmo durante 15 minutos. A Espanha a chamar a sai a bola e as coordenadas do jogo, sempre ao ritmo esclarecido de Xavi, ora paciente ora rapidíssimo a criar passes de ruptura. Joachim Löw tinha de fazer algo para fazer com que a Alemanha voltasse ao jogo, e a entrada de Kuranyi, com o regresso ao 4x4x2, cumpriu esse objectivo. A Espanha tinha de jogar em 3x3 na sua zona defensiva, e os cruzamentos a partir dos flancos tornavam-se ameaçadores.
 
Mas Aragonés respondeu bem, tirando o apagado Fabregas (o único elemento do meio-campo que não encontrou o seu espaço no jogo) e colocando Xabi Alonso numa posição mais recuada, em auxílio de Marcos Senna. As entradas de Cazorla e Güiza deram frescura a uma equipa que voltava a conseguir respirar, tendo a bola. E os minutos finais foram de consagração para Xavi e companhia, sempre capazes de encontrar a linha de passe correcta, sempre hamoniosos na saída colectiva. A Alemanha acabava o jogo com quatro homens na frente, sem ser capaz de levar a bola até eles. E Sergio Ramos e Marcos Senna ainda estiveram perto de conseguir um segundo golo que, a bem da verdade, não teria ficado mal ao novo campeão da Europa.
 
PARABÉNS ESPANHA
 
 

 

sinto-me: desportista
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publicado por Luis Pereira às 23:09
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Quarta-feira, 25 de Junho de 2008

Anorexia e bulimia: quando a balança é obsessão.

 

 

A morte de jovens modelos anorécticas noticiada pela comunicação social tem chamado à ribalta as perturbações do comportamento alimentar. As mais conhecidas são a anorexia e a bulimia nervosas. Trata-se de doenças do foro mental com repercussões físicas, por vezes, muito graves.
 
Moda e dietas perigosas
 
- Estas doenças, em geral, manifestam-se de forma antagónica, mas visam o mesmo: perder peso. O anoréctico não come para emagrecer ou evitar engordar. Com objectivos semelhantes, o bulímico ingere grande quantidade de comida num período curto e, a seguir, provoca o vómito. Ambos exageram no exercício físico e podem abusar de medicamentos diuréticos ou laxantes, com intenção de controlar o peso. Estes fármacos facilitam, respectivamente, a eliminação de urina e fezes. Os anorécticos podem ter crises de bulimia, sobretudo, em momentos de depressão.
- A anorexia e a bulimia afectam, sobretudo, mulheres. A primeira é mais frequente nas adolescentes, entre os 12 e os 18 anos. A segunda atinge, muitas vezes, adultas. Não se conhecem as causas exactas destes problemas, mas pensa-se que podem dever-se a uma conjugação de factores sociais, culturais, características pessoais e genéticas, entre outros.
- Os padrões de beleza ditados pela moda, que pouco tem a ver com a realidade, também podem contribuir para o desenvolvimento de perturbações do comportamento alimentar. O facto de as revistas para adolescentes passarem uma imagem de sucesso associada à magreza e insistirem em dietas desajustadas ou conselhos para disfarçar algumas características “menos apreciadas”, como a barriga ou ancas largas, agravam eventuais défices de auto-estima e dificuldades psicológicas. Nas adolescentes, há ainda que ter em conta as alterações físicas e mentais próprias da idade, que podem originar graves crises de identidade.
 
Sinais de alerta
 
- Perda de peso, desculpas constantes para não comer, cortar os alimentos em fracções ínfimas, isolamento social e prática exagerada de exercício físico são alguns sinais da anorexia. O comportamento alimentar destes doentes leva a um rápido esgotamento das reservas de energia, pelo que é necessário recorrer ao músculo para manter as funções vitais. As carências nutricionais tornam a pele mais seca e pálida e enfraquecem o cabelo. Tonturas, anemias e distúrbios no sistema hormonal, com o desaparecimento da menstruação, nas mulheres, e a impotência sexual, nos homens, são outros problemas comuns. Alguns doentes ficam com osteoporose, problemas de estômago, no fígado e nos rins. No limite, a doença pode conduzir à morte, por infecções generalizadas.
- No caso da bulimia, pode haver oscilações de peso e cáries dentárias frequentes, agressividade e isolamento social e alteração no horário das refeições. Os indícios mais comuns são, contudo, as idas frequentes à casa de banho durante ou após a refeição, para vomitar, as cicatrizes ou calos nas mãos, por provocarem o vómito, e a obsessão pelo exercício físico. Além dos problemas indicados para os anorécticos, arriscam-se a ter distensão do estômago, lesões no esófago, cáries dentárias, irritação crónica na garganta, por provocarem o vómito, e inchaço nas mãos e nos pés.
 
Tratamento físico e psíquico
 
- Se desconfia de que alguém sofre de anorexia ou bulimia, tente convencê-lo a consultar o médico de família. Este encaminha-o para uma consulta especializada no hospital. Quanto mais cedo for detectado o problema, maiores as possibilidades de cura. A duração do tratamento varia entre meses e anos, dependendo do estado do doente e da sua colaboração. 
- As consultas hospitalares, em geral, contam com uma equipa de vários especialistas, como psiquiatras, psicólogos e nutricionistas, entre outros. A psicoterapia individual é obrigatória. A terapia com a família é importante, para que esta possa dar apoio ao doente. Por vezes, os doentes tomam medicamentos, como anti depressivos.
- Ao nível físico, reintroduzem-se os alimentos de forma gradual e, em caso de carências nutricionais, o doente toma suplementos. Caso o tratamento não resulte, pode ser internado no hospital. O mesmo se verifica nos casos em que o baixo peso põe em risco a vida do doente. O percurso é difícil, mas a cura existe.
 
In Proteste – DECO Junho 2008

 

 

sinto-me: preocupado
publicado por Luis Pereira às 20:38
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Terça-feira, 24 de Junho de 2008

Avé Césares Europeus!

Vem da noite dos tempos a ideia de que, contra o que diz a religião, nem todos os homens nascem nus, livres e iguais. Intitulando-se superiores por emanação divina, anteriormente, e agora superiores por motivos bem mais terrenos, sempre houve homens certos de terem nascido para ser líderes, pais, salvadores. César, Kaiser, Czar, Caudillo, Fuehrer, Duce, PM e PR são algumas das designações usadas, ao longo da História, por aqueles "eleitos" para determinar a sorte dos seus concidadãos.
 
O desígnio de Deus inicial veio a ser substituído, em democracia, pelo direito ao voto, que, em teoria, excluía à partida a fatalidade da casta dos predestinados. Mas a verdade é que, com frequência maior do que seria saudável, os eleitos, depois de o serem, assumem tiques dos Césares.
 
E foi por isso que, tendo o projecto da Constituição Europeia sido chumbado em dois países, através de referendo, os novos Césares da UE gritaram "Alto aí! A democracia é coisa demasiado séria para ficar à mercê de milhões com direito a voto. A democracia deve ser representada por uma minoria que à nascença foi bafejada pelo hálito dos deuses. Nós, os governantes! Porque somos os predestinados, os iluminados, os ungidos, os que realmente sabem o que interessa aos europeus. Vamos, pois, ao plano B: o Tratado de Lisboa, que será aprovado só entre nós".
 
Apenas em um dos 27 a Constituição obrigava ao referendo. E, quando esperava eu que, como "eles" haviam prometido, ou o "sim" era unânime, ou o Tratado de Lisboa morria à nascença, o que se ouve? Que a aprovação parlamentar deve continuar, que o tratado não está morto, mas apenas nos cuidados intensivos, e que é possível entrar pela porta das traseiras da Irlanda dando-lhe qualquer coisa em troca de novo referendo. Parece brincadeira de crianças: "Não valeu, vamos jogar outra vez!". Mas, se a Irlanda se render e fizer novo referendo, juro que rasgo o meu cartão de sócio da democracia. O que recuso é juntar-me aos que gritam "Avé, Césares europeus!».
 
Sérgio Andrade
 
JN
sinto-me: anti-césar
publicado por Luis Pereira às 20:02
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Sábado, 21 de Junho de 2008

HOLOCAUSTO PALESTINO.

 

Talvez ainda não tenham sido mortos tantos palestinos, como judeus o foram, ás ordens de Hitler.
Pelos vistos, para lá caminhamos e com requintes tão ou mais graves.
A única diferença é que nos campos de concentração alemães, eram escolhidos geralmente militares sádicos e tarados para essas funestas tarefas.
De uma maneira geral o povo alemão foi colocado á margem do conhecimento de semelhante selvajaria.
Na Palestina pelo contrário, é todo um povo dito culto, dito religioso, dito democrático, dito eleito de Deus, que consente e pratica as mesmas barbaridades ou pior ainda.
Não podemos nem devemos esquecer, o motivo que deu aos judeus estatuto de vítimas e levou a Europa e os Estados Unidos principalmente, no consentimento do esbulho do território árabe e na artificial criação do Estado de Israel.
Não podemos nem devemos esquecer, que a comunidade que se estabeleceu em Israel, só uma pequeníssima parte era apátrida, em consequência da guerra.
Não podemos nem devemos esquecer, que os poucos milhares de judeus que nessa altura viviam em Israel tinham com os árabes, relações fraternas.
Não podemos nem devemos esquecer, que nessa altura, o inimigo comum aos judeus e palestinos eram os colonialistas ingleses, que ocuparam a Palestina e fizeram dela um protectorado.
Não podemos nem devemos esquecer, que foi o movimento Sionista, que quis resgatar para os judeus, um território que há milhares de anos não lhes pertencia
Não podemos nem devemos esquecer, que para que isso acontecesse, foram mobilizados milhões e milhões de judeus por esse mundo fora, que já tinham uma vida estabilizada e nacionalidades adquiridas há centenas e centenas de anos.
Não podemos nem devemos esquecer, que em consequência do chamado movimento Sionista, milhares e milhares de palestinos foram mortos e expulsos das suas casas, da sua terra natal e colocados em campos de refugiados
E sobretudo não podemos nem devemos esquecer, que sobre eles se continuam a abater diariamente, atrocidades que deveriam comover e envergonhar o mundo e particularmente a Europa e os Estados Unidos da América, principais culpados dessas inomináveis e trágicas barbaridades.
O petróleo e a necessidade de uma "testa-de-ponte", que permita os americanos defender militarmente os seus interesses na região, obriga-os não só fechar os olhos a estas atrocidades como a despejar diariamente em Israel, milhões e milhões de dólares para que os judeus possam continuar a defender os seus interesses geo-estratégicos.
E nós...europeus...assistimos...e nada fazemos. Que crueldade!....Que tristeza!....Que vergonha!!!
 
(Algures na net)

 

sinto-me: preocupado
publicado por Luis Pereira às 22:33
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Quarta-feira, 18 de Junho de 2008

FPF e Benfica.

 

A FPF é uma instituição de utilidade pública que pouco faz senão gerir os calendários das Selecções Nacionais e, entre estas, de forma muito particular, a mais representativa.
Pugnar pelo desenvolvimento do futebol nacional é um dos pressupostos mais importantes dos seus estatutos. Fazer evoluir a formação e os quadros competitivos deveriam ser preocupações primaciais do elenco directivo.
 
A FPF sempre teve horrores a reformas e nas questões mais difíceis normalmente ausenta-se. Ou não se pronuncia ou age dissimuladamente.
 
O futebol profissional, com todas as suas imperfeições, vai fazendo o seu caminho sob a égide de uma Liga com melhores ideias, chocando brutalmente com os miasmas do sistema. Os de sempre. Os que dificilmente serão erradicados por resultarem de vícios de origem mais ou menos inultrapassáveis, uma vez que o(s) Estado(s) não mostra(m) força para colocar em causa o poderio da FIFA e da UEFA, que usam as Federações (em cada país) como suas marionetas.
 
A FIFA e a UEFA depositam milhões de euros nas (Con)Federações e estas alimentam o negócio, que põe em causa a soberania dos povos.
 
Não creio que seja possível quebrar este elo. Um elo que gera produtividade e corrupção.
 
O futebol não profissional, longe do mediatismo destes tempos, está atolado em problemas que a FPF não resolve. Resta a Selecção Nacional.
 
Agora que a “geração de ouro” deixou de ter representantes sobre o relvado, talvez fosse importante fazer um balanço do trabalho realizado em torno das Selecções mais jovens e perceber por que motivo, nos últimos anos, elas perderam capacidade competitiva. E perguntar a Madaíl como justifica o facto de, volvidos tantos anos sobre a promessa de sucessivos arranques, não haver notícia de nenhum avanço da Casa das Selecções, a não ser a angústia de uma primeira pedra e muito dinheiro gasto em projectos.
 
Perante uma Federação destas, o que pode esperar o Benfica?
Perante uma Federação que adoptou para si própria, gostosamente, o papel de escrava de poderes nem sempre bem caracterizados, quem se pode queixar?
 
Alguém fez alguma coisa, nos últimos anos, para mudar a FPF? O Benfica, por exemplo, fez alguma coisa?
 
Não há indemnização que pague os prejuízos que a FPF tem infligido ao futebol português, mesmo engordada artificialmente com os dinheiros da FIFA e da UEFA – e também com o dinheiro de todos nós.
 
Nesta fase, talvez seja mais importante que o Benfica se concentre nos seus problemas, até porque a má época que realizou não merece o prémio de participação na Liga dos Campeões.
 
Rui Santos
Record

 

sinto-me: pela verdade desportiva
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publicado por Luis Pereira às 19:22
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Terça-feira, 17 de Junho de 2008

FC Porto e corrupção.

 

 A UEFA decidiu permitir o acesso do FC Porto à Liga dos Campeões de 2008-09. Não surpreende que isso aconteça, neste passo e de acordo com o desenvolvimento do processo. Um processo que, no entanto, mostra a falência da organização jurisdicional do futebol português.
 
Primeiro ponto, aliás questionado em sede do Comité de Apelo, na Suíça: é aceitável que – seja qual for o autor do ilícito – a figura da “tentativa de corrupção” não seja punida, à luz dos regulamentos, com baixa de divisão? Não me parece, a menos que já haja, na sociedade portuguesa, um conformismo tal com todo o tipo de ilegitimidade que transforme qualquer “tentativa de corrupção” num acto de irrelevante gravidade. Temos aqui, pois, o primeiro desconchavo.
 
Segundo ponto: neste momento é, no mínimo, arriscado afirmar, categoricamente – como se tem ouvido por aí –, para quem aceita como boas as decisões de última instância, que a FC Porto, SAD fez mal em não produzir recurso sobre a decisão da Comissão Disciplinar da Liga. Aliás, com a marcha-atrás que o processo conheceu, já há quem sustente o contrário, o que não justifica qualquer tipo de “caça às bruxas” (denunciada por Rui Moreira), se ela, de facto, existe.
 
Terceiro ponto: defendam como quiserem – mais ou menos crispadamente – as teses que mais interessem às partes do ponto de vista jurídico. Não me afastarei desta ideia: não me parece certo que uma nova norma do ponto de vista da admissibilidade de um clube a uma competição, introduzida em 2007, possa ter efeitos sobre situações ocorridas antes da sua publicação.
 
Quarto ponto: o sistema da organização jurisdicional do futebol em Portugal não cuidou de criar condições para estabelecer um regime de justiça desportiva suficientemente independente para poder resistir às pressões dos clubes e dos seus “agentes satélites”. É aí que começa a fraude. Não cuidou porque não quis criar – e nisso é um monstro igual a outros monstros, cuja paternidade deve ser atribuída à FIFA e UEFA (organismo que geram interesses movidos pelo lucro), com a conivência de múltiplos Governos ditos soberanos.
 
A equidade, no futebol, é uma falácia. Ganha o mais forte, dentro e fora das quatro linhas. A pergunta que se impõe: alguém quer alterar isto em substância? Não me parece. É possível alterar isto? Não me parece, também – pelo rumo dado ao futebol, impulsionado(r) pelo capitalismo.
 
Não é assim – com jogos de interesses entre clubes – que se combate a corrupção. A organização do futebol, como ela está representada, fomenta o tráfico de influências e a procura de caminhos ínvios para se chegar ao objectivo. É isso que se tem de atacar. As deformações do sistema e de quem o alimenta. Há alguém disponível?
 
Rui Santos in Record

 

sinto-me: revoltado
publicado por Luis Pereira às 21:57
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Sábado, 14 de Junho de 2008

OS PARTIDOS POLITICOS E A SOCIEDADE PORTUGUESA.

 

Vive-se hoje um desajustamento. As pessoas não se sentem representadas pelos partidos políticos. Na verdade, as pessoas não se revêem nos actuais partidos políticos.
Obviamente, isto não parece interessar os partidos políticos. Dominar o aparelho de governo basta-lhes, para servir as suas clientelas.
Fernando Rosas observou há tempos numa obra interessante (Pensamento e Acção Política)., que nos últimos duzentos anos, em Portugal, jamais os regimes políticos se reformaram, e pelo contrário, todas as mudanças da arquitectura do poder foram promovidas por modos revolucionários e violentos.
Cabe ao poder político, como evidenciava já há cerca de 2400 anos Platão, organizar a sociedade. Organizar uma comunidade política não significa que o Estado deve intervir em todas as áreas da sociedade. Organizar a sociedade pode implicar dar liberdade de acção aos agentes sociais, assegurando para o Estado um papel de supervisão e de promoção da equidade entre todos os elementos que compõem a nação.
Mas, organizar a sociedade, significa sempre promover a justiça e a promoção da justiça está intimamente ligada ao aprimoramento da equidade entre todos os membros de uma dada colectividade.
Hoje, a sociedade portuguesa vive num impasse. É evidente a todos que os partidos são incapazes de uma efectiva reforma da sociedade portuguesa.
Apesar das promessas, os modelos de desenvolvimento reais estão anquilosados, são negativos para a expansão sustentada da sociedade, e só reforçam, a longo prazo, o nosso proverbial atraso face às nações mais desenvolvidas da Europa.
Apostar num crescimento por via das obras públicas, tendo por base a construção de infra-estruturas físicas de betão, é um custo de oportunidade colossal. Será dinheiro lançado ao ar, sem retorno possível, porque os seus efeitos a longo prazo serão escassos, quando não, negativos.
É o que a ciência económica define como “rendimento decrescente”. Quanto mais dinheiro se investe, menos rendimento se extrai, quanto maior o “input”, menor o “output”.
Mas esta situação deriva do anquilosamento ideológico dos partidos. Sem terem de facto ideologia, meras máquinas de assunção ao poder, são incapazes de pensar a sociedade. E incapazes de pensar a sociedade, vivem ao sabor das necessidades do momento, preservar ou conquistar o poder, sem uma perspectiva de longo prazo, sem alguma capacidade de mirar o futuro. E sem visar o futuro, os partidos são incapazes de dispor e de pensar de um modelo de organização da sociedade.
Os partidos políticos, principalmente os partidos do arco do poder, são hoje um fardo na mudança de Portugal. Agrilhoam Portugal ao passado, são um empecimento ao seu futuro.
Em boa verdade, o sistema político português precisava de uma “revolução coperniciana”, que levasse de uma enxurrada os partidos actuais e os substituísse por gente nova, com outra visão, com um prisma de futuro para Portugal.
 
 
António Paulo Duarte
 
Notícias da Manhã

 

sinto-me: preocupado
publicado por Luis Pereira às 21:44
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Sexta-feira, 13 de Junho de 2008

Óbidos a Arte Contemporânea na rua.

 

Tornar Óbidos uma comunidade identificada com a inovação e a criatividade e um território aberto à criação artística, é o objectivo do Junho das Artes, uma iniciativa que arrancou no passado dia 6 e que se prolonga até 29 de Junho.
 
Mais de duas dezenas de artistas dão a conhecer as suas obras e talento nas galerias, praças e ruas da vila, proporcionando a todos os visitantes um contacto directo com a arte contemporânea.
 
Até ao final do mês grandes nomes da arte contemporânea como Rui Chafes, Pedro Calapez, Pedro Proença, Pedro Cabrita Reis, José Pedro Croft, José Aurélio, Graça Pereira Coutinho e Cristina expõem as suas obras ao lado das de jovens artistas, a sua maioria estudantes da ESAD.
 
Na inauguração, que decorreu na tarde da passada sexta-feira, o presidente da Câmara de Óbidos, Telmo Faria, realçou que o modelo de desenvolvimento deste concelho “só faz sentido se for revestido de um ambiente cultural que se intensifica e aprofunda” pois o sucesso económico também se faz atraindo talentos. Para tal, a autarquia pretende tornar público em breve o programa “Óbidos Criativa”, que irá envolver diversas entidades, empresas e pessoas.
 
A iniciativa Junho das Artes já faz parte desse plano e pretende “proporcionar uma aposta mais clara na arte contemporânea”. A recuperação da Galeria Ogiva para a arte, 30 anos depois da sua inauguração, foi o primeiro passo nesta área, mas a autarquia quis dar “um salto maior”, com a criação de um evento durante um mês inteiro, onde fosse possível apreciar um conjunto de percursos e olhares de vários autores.
 
“Que Óbidos seja um lugar de criatividade e sobretudo de liberdade e de escolhas”, aspirou o edil, adiantando que em cada um habitam hábitos de censura para com a expressão contemporânea. “Sei que muitas pessoas vão passar por muitas das obras e vão rejeitar, mas tudo isso faz parte da maneira como queremos que Óbidos seja olhada”, disse.
 
Telmo Faria lembrou mesmo a própria construção da vila, ao longo do tempo, feita de forma desordenada, para concluir que seria “algo inaceitável para os planeadores dos dias de hoje”, devido à sua densidade urbana ou tipo de ruas.
 
O autarca garantiu que quer estabelecer uma relação duradoura com a comunidade artística e que Óbidos está de “portas abertas a acolher e a adequar esta capacidade de criar e inventar coisas”. Realçou ainda a ligação de maior proximidade com a ESAD, que “embora localizada a quatro quilómetros, às vezes parece que está muito longe”. Daí que seja necessário “quebrar estas barreiras e trabalhar no sentido de uma aproximação comum e conjunta”.
 
A par das exposições, o Junho das Artes também contempla animação. Amanhã à noite, a partir das 21h30, será apresentado na Praça de Santa Maria, o bailado contemporâneo “Tok’art”. A 21 de Junho, pelas 22 horas, será apresentado no mesmo local, “A naked lunch”, a banda sonora ao vivo com a projecção do filme “Nosferatu”, de F. W. Mumau.
 
Já a 27 de Junho haverá um concerto com “Kumpania Algazarra” e, no dia seguinte, pelas 18 horas, será lançado o livro de Olga Roriz no Centro de Design de Interiores e, pelas 21h30, será feita uma intervenção performativa/multimédia “Bikini Kill”.
 
 
 
 
 
Inaugurações amanhã
 
 
 
A primeira edição do Junho das Artes presta homenagem à designer Maria José Salavisa e ao pintor, cenógrafo e figurinista Abílio de Mattos e Silva. Amanhã, 14 de Junho, a partir das 17 horas, será inaugurado o Centro de Design de Interiores – Maria José Salavisa e o Museu Abílio Mattos e Silva, juntamente com a Casa do Arco, casa-museu dos dois artistas.
 
Na Galeria da Casa do Pelourinho será também inaugurada a exposição “Gosto Maior”, com obras da designer de interiores.
 
Abílio de Mattos e Silva nasceu no Sardoal tendo vivido em Óbidos até ao período em que iniciou os estudos universitários em Coimbra. A vila medieval é, aliás, um tema recorrente na sua pintura, desenho e escrita.
 
Maria José Salavisa nasceu e cresceu num mundo de cultura, que ainda se afirmou mais com o seu casamento com Abílio de Mattos e Silva.
 
O Centro de Design de Interiores, situado junto à Torre do Facho, destina-se a fomentar e desenvolver a arquitectura e o design de interiores, podendo ser utilizado para cursos, seminários, conferências e exposições. Possui um auditório, uma pequena recepção, bar e uma sala onde se centraliza um centro de documentação electrónico e de divulgação de espólio pedagógico de Maria José Salavisa.
 
Já o Museu Abílio de Mattos e Silva, situado na Praça de Santa Maria (antigo Museu Municipal) pretende mostrar o espólio da obra do artista, nomeadamente no âmbito da cenografia, figurinismo, ilustração e design gráfico, pintura e desenho.
 
Gazeta das Caldas
 

 

 

sinto-me: admirador
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publicado por Luis Pereira às 23:29
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Quinta-feira, 12 de Junho de 2008

Pesados e ligeiros.

 

Há episódios que fazem desconfiar se em Portugal vigora um Estado de Direito. Quando camionistas dispostos a arrancar apoios subtraídos ao dinheiro dos contribuintes impedem colegas seus de cumprirem compromissos profissionais, no uso legítimo da liberdade de não aderirem ao protesto, esperava-se que as autoridades fossem menos tolerantes. Mas não foi isso que sucedeu nos últimos dias.
 
Perante a passividade de quem devia proteger os cidadãos, já se assistiu a suficientes eventos para se acreditar que há lei mas não há vontade ou capacidade para a impor. Vai havendo um pouco de tudo. Desde a destruição, impune, de uma plantação de milho transgénico à barbaridade da inutilização, na lota de Matosinhos, de peixe que estava destinado a ser entregue a instituições de solidariedade social.
 
Durante o bloqueio dos camionistas, veículos foram apedrejados e bens perecíveis foram colocados em risco de esgotarem a sua validade. Um pouco por todo o lado, imperou a lei do mais forte. E o mais forte foi, neste caso, o grupo de camionistas que preferem o conforto das ajudas públicas a adaptarem-se, como as empresas de outros sectores e as famílias, às mudanças que se operam no mercado. Quanto mais o Estado se demite das responsabilidades de proteger a propriedade e a paz pública, maior o poder de quem tenta impor os seus pontos de vista através da chantagem e da ameaça de paralisar toda a sociedade.
 
Entre as patuscadas à beira da estrada, os intervalos na agitação para ver os golos de Cristiano Ronaldo e companhia e as ameaças dos camionistas de optarem por meios de pressão mais expeditos, o Governo decidiu actuar com cautela. Optou por manter negociações e avaliar a possibilidade de fazer cedências, deixando a corda esticar. A escassez de bens alimentares e de combustíveis foi a factura que o País foi forçado a pagar pelo bloqueio e pelo cuidado do Executivo em evitar que o uso da força para restabelecer a normalidade significasse o resvalar da situação para o confronto e a violência. A faca tem dois gumes. É útil para preservar a imagem do Governo no imediato, mas planta um factor de desmoralização que envenena a confiança nas instituições, ao criar o sentimento de que o Estado é forte com os fracos e fraco com quem tenha os meios para aparentar ser forte.
 
Estas histórias costumam terminar com decisões ligeiras que abrem os cordões à bolsa dos recursos que, por serem públicos, não são de ninguém. No célebre "buzinão" que abanou o último Governo de Cavaco Silva, o conflito só foi superado quando a lógica sensata da aplicação de taxas mais elevadas a veículos que, por serem da categoria de pesados causavam mais desgaste na Ponte 25 de Abril, foi atropelada sem apelo, nem agravo. Desta vez, não será diferente.
 
Entre abatimentos no IRC, a possibilidade de apenas liquidar o IVA quando as facturas são pagas e outros benefícios saídos dos generosos bolsos dos contribuintes, espera-se que tudo regresse à normalidade. Espera-se. Porque nada impede que, perante a previsível persistência da cotação do petróleo a níveis elevados, outros sectores, ou os mesmos, não venham a tentar a sua sorte, animados pelos bons resultados alcançados pelos camionistas.
 
João Cândido da Silva
 
Jornal de Negócios
 

 

sinto-me: interventivo
publicado por Luis Pereira às 22:47
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Quarta-feira, 11 de Junho de 2008

RELIGIÃO - ÓPIO DO POVO

 

 

Karl Marx diz que «a miséria religiosa é, por um lado, a expressão da miséria real e, por outro, o protesto contra ela. A religião é o soluço da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração, o espírito de uma situação carente de espírito. É o ópio do povo.»
Considera a religião como um calmante para as massas que sofrem a miséria produzida pela exploração económica. Sendo assim, a religião (alienação religiosa) é a decorrência lógica da miséria económica (alienação económica), e só superando a miséria económica, a consciência religiosa morrerá por si mesma. Porém, para eliminar a alienação religiosa é preciso eliminar todas as condições de miséria que a originam.
Mas isto não interessa nada... enquanto houver Fátima, futebol e fado... os senhores do poder podem dormir descansados.
Para terminar, deixo-vos um poema, cujo autor desconheço, mas que ilustra bem o pensamento neoliberal:
 
Compram-se
 
Compram-se seres humanos
Calados, domesticados
Que não pensem, nem opinem
Ao serem questionados.
Que não vejam, nem escutem
Nem se sintam incomodados.
 
Compram-se seres humanos
Que sejam modernizados
Que andem sempre na moda
Felizes, etiquetados
Que propaguem e que convençam
Até os consciencializados.
 
Compram-se seres humanos
Totalmente desligados
Que não gostem de política
E estejam sempre ocupados
Que não sejam de esquerda
E nem sindicalizados.
 
Compram-se seres humanos
Famintos, desempregados,
Indecisos, inseguros,
Descalços, descamisados,
Menores, analfabetos,
E até informatizados.
 
Compram-se seres humanos
Idosos, aposentados,
Jovens e adolescentes
De preferência, os drogados
Que se sumam, consumindo,
Em tempos globalizados!!!
 
(algures na net)

 

sinto-me: Pensativo
publicado por Luis Pereira às 22:38
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